terça-feira, 30 de agosto de 2011

Diferenças anatômicas e fisiológicas do homem e da mulher no esporte

Na primeira edição dos Jogos Modernos, o Barão de Coubertin proibiu a participação das mulheres, alegando que elas não eram capazes de praticar esportes, muito menos de competir. À elas era somente compatível entregar aos campeões os “louros da vitória”.
Com o advento das competições femininas, pouco a pouco o desempenho deste grupo aumentou, possibilitando uma menor diferença entre mulheres e homens. Um exemplo é que em 1912, em Estocolmo, as mulheres na natação, chegaram a 77% do desempenho dos homens nos 100m livres e hoje esse número chega a 90%.
Para descobrirmos a origem da diferença de desempenho, vamos conhecer as diferenças fisiológicas, constitucionais e anatômicas.

Evolução na piscina 
O desempenho das mulheres nos 100 metros
Ano
Atleta
País
Tempo
1912
Fanny Durack
Austrália
1min22s2
1920
Ethelda Bleibtrey
EUA
1min13s6
1928
Albina Osipowich
EUA
1min11s0
1936
Hendrika Mastenbroek
Holanda
1min05s9
1956
Dawn Fraser
Austrália
1min02s0
1968
Jan Henne
EUA
1min00
1972
Sandra Neilson
EUA
58s59
1976
Kornelia Ender
Alemanha Oriental
55s65
1996
Jingyi Le
China
54s50



Altura e peso

Em média, quando pensamos em altura e peso, as mulheres são de 10 a 15% mais baixas que os homens, e de 10 a 20kg mais leves que os homens.
Estudos revelam que já ao nascimento, meninas encontram-se duas semanas adiantadas em relação aos meninos no que se refere ao desenvolvimento ósseo, mesmo com menor peso. Esta vantagem se reflete nos dois anos de diferença na puberdade, correspondendo ao período em que a maturação chega mais cedo às meninas. A causa para isto parece ser a atividade secretora dos ovários mais intensa na puberdade, quando comparado aos testículos em rapazes.



Diferenças anatômicas estruturais

A figura abaixo apresenta algumas considerações anatômicas entre homens e mulheres que explicam a diferença de desempenho em alguns esportes.



Tronco

A Mulher apresenta extremidades mais curtas comparado ao homem (cerca de 3cm de diferença entre os ombros e quadris; nos homens  a diferença chega a 15cm), porém o tronco tem um comprimento maior.
Resultado: essa alteração gera um deslocamento do centro de gravidade para baixo, prejudicando o desempenho sobretudo nas corridas e saltos.

Cotovelo

As mulheres apresentam uma hiperextensão do mesmo, e angulação em forma de “x” entre o braço o e antebraço.
Resultado: Vantagem para a mulher na prática de esportes de expressão, como Ginástica, e desvantagem em provas de arremesso.

Cintura Pélvica

 As mulheres apresentam uma largura do quadril 54% correspondente ao comprimento do corpo, enquanto os homens apenas 50%.  A pelve da mulher  é mais larga e menos íngreme que no homem. Os ramos do púbis formam ângulos maiores, 90-100° enquanto nos homens é de 70-75°. Essa condição do quadril da mulher ser mais largo é justamente para acomodar o bebê no momento do parto.

Esqueleto

O esqueleto feminino chega a ser 25% mais leve que o do homem, tendo a estrutura dos ossos longos mais frágil, sujeitos a fraturas. Na menopausa o esqueleto feminino fica ainda mais leve e frágil, fato ocasionado pela osteoporose, que acomete as mulheres devido à falta da produção de estrogênio, hormônio responsável, entre outras funções, de estimular a síntese do tecido ósseo.

Tecido Adiposo 

As mulheres apresentam percentual de gordura 10% maior que o homem. As reservas de gordura na mulher se localizam abaixo da pele, sendo que comparada ao homem, a mulher possui 1,75 vezes mais gordura do que os homens.
Resultado: densidade corporal menor, já que a estrutura óssea é mais leve em mulheres. Essas características, aliadas à posição do centro de gravidade mais baixo, provém boa capacidade de flutuação. As pernas mais curtas e mais leves das mulheres submergem menos facilmente, caracterizando o bom desempenho feminino na natação, já que a diferença, comparado aos homens é de apenas 6,48 a 12,38%.

Musculatura

A mulher possui menor massa muscular, tanto absoluta quanto relativa. Em termos relativos, a mulher-não treinada apresenta percentual de massa magra correspondente a 35,8% enquanto que os homens apresentam 41,8%. Em termos absolutos, a mulher apresenta 23kg de massa muscular, contra 35kg em homens.
Em relação à composição das fibras musculares, não há diferenças significativas entre os sexos. Já em relação à força, a mulher apresenta menor força máxima devido à menor massa muscular. Isto pode chegar a 80% da força máxima do homem, dependendo do grupo muscular.

Capacidade Cardiovascular e respiratória

A mulher apresenta condições cardiovasculares menores que no homem, em termos absolutos ou relativos.
O coração da mulher é menor que o masculino. A quantidade de sangue total no corpo na mulher (3,8 litros) são menores que o dos homens (5 litros). Resultado: Em razão dessa menor quantidade de sangue, a mulher necessita em exercício ajustar a necessidade de oxigênio por meio do aumento da freqüência cardíaca.

Em relação a funções respiratórias, na mulher, as vias respiratórias são menores em tamanho e em peso, possuindo valores menores relativos e absolutos. O consumo e utilização de oxigênio na mulher também é menor, devido à menor quantidade de massa muscular e a menor capilarização da musculatura feminina. A produção de energia pelas vias oxidativas na mulher apresenta número e tamanho menor de mitocôndrias.
Resultado: menor capacidade aeróbia.

A tabela abaixo destaca as diferenças de desempenho homem-mulher em algumas provas de atletismo, modalidade que apresenta provas de velocidade (100m), resistência (maratona) e potência (saltos).

Modalidade
Recorde Mundial (Homens)
Recorde Mundial (Mulheres)
Diferenças de Desempenho (%)
100m
9,84
10,49
6,61
Maratona
2:06:05
2:20:47
11,66
Salto em Altura
2,45
2,09
14,69
Salto em Distância
8,95
7,52
15,98
TABELA 1 - Diferença de desempenho entre homens e mulheres (situação em 13/10/1998)

Como podemos verificar no artigo, várias são as diferenças anatômicas e fisiológicas entre homens e mulheres que impedem um melhor desempenho feminino que o dos homens no esporte. Porém, isto não significa que haja inferioridade ou superioridade de um dos sexos, e sim uma distribuição de tarefas específicas, determinadas pela natureza afim de assegurar a manutenção da espécie.



Referências

WEINECK, Jürgen. Biologia do Esporte. 7ª Barueri: Manole, 2005

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Exercícios Proprioceptivos: uma maneira de prevenir lesões em tornozelo e joelho


    Quando estamos em movimento, os orgãos sensitivos localizados nos músculos, articulações e ligamentos, denominados proprioceptores, captam e enviam ao cérebro informações sobre pressão, distensão e tensão de variadas partes do corpo, para que o cérebro decida como reagir e manter o equilíbrio, até mesmo quando estamos parados em pé.
   Quando estamos cansados, já a uma certa altura de uma competição ou treino na rua ou percorrendo percursos em terrenos irregulares, o risco de se torcer o pé ou distender algum músculo pode ser maior, pois as vezes não conseguimos nos equilibrar, devido ao próprio cansaço muscular. Os exercícios de propriocepção podem ajudar nesse sentido, pois nosso corpo ficará mais preparado à essas mudanças de padrão biomecânico provocadas pelo cansaço.
   Além da melhora da consciência corporal, a postura e a biomecânica da corrida são outros benefícios que os exercícios proprioceptivos trazem ao corredor.
    Os exercícios proprioceptivos também são importantes para pessoas que pisam em pronação ou em supinação, pois ao manter-se em equilibrio pisando do lado contrario na qual se está acostumado, há um fortalecimento dos músculos antagonistas, proporcionando assim uma pisada mais estável.

Exercícios para fortalecimento

          Jogadores de fubebol e outros desportos coletivos usam muito Exercícios Proprioceptivos para fortalecer e prevenir lesões de joelhos e tornozelos. Para corredores que possuem a pisada pronada ( pisam para dentro) deve-se pisar em posição contraria, ou seja, concentra-se para pisar para fora. Já os supinadores devem pisar para dentro.


 Para fazer esses exercícios não é preciso mais do que 5 minutos diários. Com o tempo pode-se aumentar o tempo, conforme a resistência for aumentando (esses exercícios são cansativos,pois exigem muito da musculatura). Inicialmente, faça 1 minuto para cada perna. 
            

         O vídeo abaixo demonstra alguns exercícios proprioceptivos que podem ser feitos em qualquer lugar.  Algumas variações também podem ser feitas, tais como agachar-se, manter-se na posição um tempo e retornar a posição ou ainda dar saltos, concentrando-se sempre para a pisada para o lado contrário na qual está acostumado.



O exercício abaixo é indicado para os mais avançados, pois está aliado a uma superficie instável (o colchão) . 





 Pode-se utilizar também um mini trampolim, uma meia bola ou ainda a superfície redonda de madeira, como na qual o atleta do vídeo abaixo está executando o exercício.



            Deve-se avançar no grau de dificuldade apenas quando se estiver executando os de menor dificuldade por vários minutos facilmente, pois como e trata de exercícios que exigem da muito da musculatura, com o cansaço pode-se perder a concentração e possivelmente ocasionar torções. 


               Vale ressaltar também que os exercícios citados servem como uma forma de prevenção de lesões! 

            

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

segundo Duathlon Regional de Cambará

Para quem se aventura também entre duas rodas, o Segundo Duathlon Regional de Cambará , promovido pela Prefeitura Municipal, é uma boa opção para o dia 11 de Setembro, domingo. 


O evento se inicia as 08:00hs da manhã e posso assegurar que é um percurso fácil de fazer, com circuito praticamente plano, apenas com algumas subidas curtas.


A prova é dividida em categorias e distâncias e há premiação em dinheiro para os 3 primeiros de cada categoria, além de camiseta e medalha a todos os concluintes.


O valor da inscrição é de R$ 40,00 e pode ser feita pelo site da Prefeitura, acessando o link da prova. http://www.cambara.pr.gov.br/


Mas tem que correr porque são só 60 vagas!!


Eu fui ano passado e recomendo.



CATEGORIAS E DISTÂNCIAS:

- Masculino:
   Speed: de 16 a 24 anos – de 25 a 34 anos – de 35 a 44 anos – de 45 a 54 anos e 55 anos e acima: 2 Km de corrida + 21 Km de ciclismo +  2 Km de corrida;
   MTB: 16 anos e acima (categoria única): 2 Km de corrida + 21 Km de ciclismo + 2 Km de corrida;

- Feminino: 16 anos e acima (categoria única): 2 Km de corrida + 21 Km de ciclismo + 2 Km de corrida;

            Para a Categoria Feminina poderá ser utilizada qualquer bicicleta.

* A Faixa etária de cada competidor será determinada pela idade que o competidor possuir no dia 31/12/11

PREMIAÇÃO:

            Os três primeiros colocados de cada categoria, serão premiados da seguinte forma:
            1º Lugar: R$ 150,00 e troféu;
           2º Lugar: R$ 100,00 e troféu;
           3º Lugar: R$ 80,00 e troféu.
            

terça-feira, 23 de agosto de 2011

O joelho em valgo e a pisada supinada: considerações e exercícios de fortalecimento e alongamento

              Basta parar para observar em qualquer pessoa que estiver andando por aí. Algumas pisam “para dentro”, outras “para fora” e algumas não apresentam lateralização em nenhum dos lados ao pisar.
            Com o gasto do calçado, é possível observar maior prevalência de gasto do solado para um dos lados e a partir disso já é possível ter uma noção do tipo de pisada que a pessoa apresenta. Muitas vezes, o modo de pisar é tão agressivo que dá a impressão que a pessoa está forçando aquele modo de andar e aí você acaba se perguntando: como ela consegue andar assim?
            Até pouco tempo atrás pouco se falava sobre essas alterações posturais na forma de pisar das pessoas, em especial dos corredores, que podem ser acometidos com lesões tamanho o impacto direcionado ao pé. Atualmente existe no mercado diversos modelos de tênis que ajudam na correção na pisada. Porém mais importante que usar um modelo de tênis específico para o tipo de pisada, é conhecer o defeito postural apresentado, que pode ser somente do pé, como do joelho e do quadril. 
          

Definição de supinação e lesões.

            A supinação é ato de inverter o pé. A pessoa que pisa na posição supinada tende a “pisar para fora”, concentrando o peso corporal sobre a borda externa do pé. Essas pessoas geralmente apresentam o arco longitudinal mais alto do que o normal.
             A pessoa que apresenta pisada supinada geralmente tem o pé cavo. É um pé que mostra uma marca com pouca (ou nenhuma) ligação entre o arco e a planta.



            Como todo o impacto da pisada é depositado na parte externa da perna, o músculo mais sobrecarregado é o tibial anterior, devendo-se, portanto, concentrar a atenção sobre esse músculo. Algumas lesões podem acometer os corredores supinadores, tais como: 

    -  Entorses por inversão do tornozelo.
    - Síndrome do estresse tibial medial
    - Tendinite dos fibulares . 
    - Síndrome do atrito no trato iliotibial. 
    - Bursite trocantérica.
    - Fratura por estresse do 5º metatarso (fratura de Jones

a pessoa da foto apresenta supinação excessiva

                            
              Modo de pisar:
A pisada inicia no calcanhar do lado externo e se mantém o contato do pé com o solo do lado externo, terminando a pisada na base do dedinho.

Geralmente, o pé supinado é muito rígido. O calçado ideal é aquele que proporciona aumento do amortecimento e da flexibilidade.





O Joelho em Valgo

              A supinação pode surgir associada a uma rotação lateral na articulação do quadril ou da patela.
           O chamado joelho em geno-valgo postural ou joelho em X, constitui uma alteração provocada pela rotação lateral do fêmur e da tíbia, hiperextensão dos joelhos e supinação dos pés. Simplificando, trata-se de uma projeção dos joelhos pra dentro da linha média do corpo, causada, geralmente, pela hipertrofia da musculatura lateral da coxa e/ou hipotonia (enfraquecimento) da musculatura medial da coxa.


Geno Valgo postural  (joelho em X)
A figura demonstra a lateralização da patela (note que a patela está voltada para fora), os joelhos estão aproximados (encostando-se um no outro) e os pés estão em supinação, dando a impressão até que a pessoa está “forçando” os pés para fora. 


Fortalecimento:


           Alguns exercícios de fortalecimento podem ser feitos para melhorar a aparência do joelho em valgo. Aliado a exercícios de alongamento e propriocepção, o corredor que possui joelho em valgo e pisa em supinação pode diminuir o risco de lesão que esse defeito postural possa provocar.


Deve-se fortalecer: grácil, sartório, semitendinoso e semimembranoso, glúteo máximo, trato ílio-tibial e bíceps femoral.

 O exercício 8 são para adutores (grácil e adutor médio) e o 9 são para os abdutores (trato iliotibial).      




O exercício acima é para o bíceps femoral (posterior da coxa)          
O exercício acima se concentra na região do glúteo máximo
                                           
Alongamento:

Deve-se alongar o glúteo máximo, trato ílio-tibial e bíceps femoral.



alongamento para o bíceps femural (posteriores da coxa)


.
alongamento para o glúteo máximo. O exercício pode ser feito sozinho, abraçando a perna e trazendo em direção ao tórax. 


alongamentos para o trato iliotibial

Os exercícios citados servem como forma para prevenção de complicações associadas ao joelho em valgo. O joelho valgo pode ser uma das causas associadas a pisada supinada, porém não constituindo sua única. Uma consulta ao fisioterapeuta é importante para se ter um diagnóstico preciso da causa da pisada supinada.

Referências


Livro: Provas, Músculos e Funções - Autores: Florence Peterson KENDALL; Elizabeth Kendall McCREARY; Patrícia Geise PROVANCE

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Qual a melhor opção: correr em esteira ou na rua?

Algumas pessoas preferem a facilidade da esteira quando estão iniciando um treinamento (ou se recuperando de uma lesão) ou quando os horários de treinamento não permitem que se saia para correr na rua. Já algumas pessoas acham um suplício correr pelo tempo que for, por achar que a hora não passa, por suar demais ou por puro tédio.
Afinal, qual a melhor opção? Será que há diferenças entre correr na esteira e na rua? E no que se diz respeito à demanda energética, ao impacto e a biomecânica?

Se a pessoa está iniciando um treinamento e só tem como tempo livre a hora do almoço, após a rotina de trabalho ou tarde da noite, ou mora em um local onde não haja local compatível para treinar, a esteira é uma boa opção, pois treinando em uma academia se tem toda a segurança. O  controle sobre o esforço é maior,  pois se pode manter uma velocidade contínua na esteira, algo que muitas vezes é inconstante no solo, por conta das oscilações de altimetria e terreno.

 Do ponto de vista energético, existem vários estudos comparativos publicados que trazem algumas evidências que apontam que correr em esteira não se muda a energia requerida para a locomoção, quando comparada com a obtida no solo. Apesar disso, é aceito que a variabilidade das respostas metabólicas seja menor em esteira, provavelmente devido ao controle das condições ambientais em situações laboratoriais (diga-se pela manipulação da velocidade), fato nem sempre possível ao ar livre. Há ainda outros fatores que podem ainda ser adicionados no ponto de vista energético, entre eles pode-se citar a resistência gerada pelo vento ao se correr na rua, que pode dificultar a vida do corredor.

Do ponto de vista biomecânico, pode haver alterações observadas entre o pisar na esteira e no solo. Isso porque na esteira o sujeito pode adaptar o estilo de aterrissagem do pé, fazendo com que o pé aterrisse em uma posição mais reta do que durante a corrida no chão. Essa estratégia pode promover um toque do pé na esteira que é percebido pelos corredores como mais estável do que no solo, mas de qualquer forma, as variações também podem ocorrer também na esteira, dependendo da velocidade, do estilo de aterrissagem individual do atleta e do tipo de calçado utilizado.
O impacto sobre as articulações é menor em esteira que no solo, em torno de 10% a menos.

Todos os métodos de treinamento podem ser efetuados em esteira (fartlek´s, intervalados e contínuos) e pode-se ter um controle maior do esforço. Porém correndo na rua, a simulação de uma condição de prova é maior, justamente por alternar terrenos, velocidades e condições climáticas.
O importante continua sendo não esquecer-se de que ao efetuar os treinamentos em ambas as opções, hidratar-se corretamente é fundamental. Na esteira a sensação de desidratação pode ser maior se o ambiente não tiver arejamento suficiente.  Não se deve esquecer também de fazer um breve aquecimento (para evitar lesões) e na volta a calma, evitando-se parar abruptamente, sendo na esteira para evitar tonturas e diminuir os batimentos cardíacos e na rua também como forma de diminuir os batimentos. 

Referências


Transição caminhada -corrida: considerações fisiológicas e perspectivas para estudos futuros – Wallace David Monteiro e Cláudio Gil Soares de Araujo – Revista Brasileira de Medicina do Esporte, Novembro, 2001  

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Percurso comentado da Meia Maratona de Londrina


A Meia Maratona de Londrina conta com um percurso com altimetria variada, mesclando retas, subidas e descidas de uma maneira que o atleta possa alternar períodos de recuperação (descidas) com períodos em que tem que respirar mais fundo, a fim de enfrentar duas das mais comentadas subidas da prova: a Foz do Iguaçu e a  mais íngrime subida : a da Rua Piauí.

Iniciando o percurso a partir do Shopping Catuaí, o corredor encontrará apenas pequenas subidas que alternam com descidas até a Universidade Estadual de Londrina, onde o percurso também é tranquilo. Saindo da Universidade, o corredor vai seguir em direção ao Lago Igapó, onde a maioria do percurso é de descidas e planos e pequenas subidas, mas pouco acentuadas. Dosar as forças nessa etapa é essencial, pois até então o percurso é formado mais por descidas e plano, proporcionando ao corredor uma boa passagem no km 10. Porém, depois do km 10, é hora de respirar fundo e enfrentar a temida rua Foz do Iguaçú. Não é uma rua com subida íngrime, porém é longa, em torno de 1,5 a 2km . Depois de enfrentar a Foz do Iguaçu o corredor encontrará o tão merecido alívio para as pernas na descida da rua Deputado Nelson Ribas e Ponta Grossa. Encontrando a Av. JK, é outra vez hora de dosar as energias para enfrentar a Rua Piauí, uma subida de média distancia, porém íngrime. Depois da Piauí, o corredor segue em direção a Praça Tomi Nakagawa, enfrentando leves subidas e descidas. Depois da Praça, começa o trecho final da prova, composto de aproximadamente 3km em direção a Prefeitura de Londrina pela avenida Duque de Caxias. No inicio dela, subidinhas e falsos planos e depois de aproximadamente 1km , inicia-se a tão sonhada descida e a aproximação do pórtico de chegada. A chegada é com uma merecida descida.  Depois disso, é só fechar o tempo, hidratar-se bem, trotar por alguns minutos e alongar bem a musculatura.
A principal dica para quem for fazer essa Meia Maratona é dosar as energias nos 10 primeiros km´s, hidratar-se nos pontos e não se esquecer de ingerir carboidrato em gel com até 1 hora de prova (para os mais lentos) e no km 10 aos mais rápidos. 
Boa prova a todos